Marília deve perder voos para Congonhas em 2010

Marília deve ter reduzido o número de voos com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Autorizações de voos, hoje operadas pela Pantanal Linhas Aéreas, serão redistribuídas pela Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) ainda no começo de 2010.

Situação acontece porque Pantanal deixou de cumprir regularidade de 80% dos voos dentro de um prazo de 90 dias. Desde outubro, empresa tem conhecimento da situação, que ocasionou, inclusive, a suspensão do leilão da companhia na quinta-feira passada, por liminar concedida pelo STJ (Supremo Tribunal de Justiça).

Pantanal já recorreu da decisão. Segundo advogado da empresa, nessas condições, companhia fatalmente irá à falência. Equipe de trabalho da Pantanal na cidade nega qualquer situação embaraçosa e diz que nenhum voo da cidade será afetado.

Atualmente, Pantanal opera quatro voos diários de Marília para São Paulo durante a semana. Além de Marília, companhia voa para Araçatuba, Bauru, Juiz de Fora (MG), Maringá e Presidente Prudente.

Com a perda dos slots, as companhias beneficiadas podem ou não manter a rota. Anac não divulga quais seriam as rotas perdidas pela Pantanal. Ao todo, Pantanal perderá 61 slots, dos 196 que detém atualmente.

Passaredo não quer; Azul ainda decide

Atualmente, apenas Pantanal, TAM, Gol/Varig e Ocean-Air operam em Congonhas. Redistribuição dos slots ainda depende das empresas que manifestarem interesse, o que deve ocorrer até 15 de janeiro. Nenhuma das companhias ouvidas pelo Diário manifestaram interesse nas operações.

A TAM, única interessada no leilão da Pantanal, suspenso na última quinta-feira, disse que não irá se posicionar sobre o assunto enquanto o leilão estiver suspenso. Empresa confirma que continua habilitada para o leilão.

Outra companhia que atua em Marília, a Passaredo, descarta qualquer possibilidade de participar da redistribuição dos slots. Segundo o gerente de marketing da empresa, Keco Corrêa, a empresa está concentrada na operação em Cumbica (Guarulhos) no momento.

O diretor de relações institucionais da Azul, Adalberto Febeliano, declarou que a empresa tem interesse em operar voos em Marília, mas que, a depender da distribuição dos slots, não participará. Segundo ele, o número de voos oferecidos pode não ser interessante para que a empresa passe a operar em Congonhas. Hoje, operação da Azul é concentrada em Viracopos (Campinas).



Crédito da Foto: MEU!

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